O passado é sempre presente no nordeste do país
                    Se você andar pelas ruas você mergulhar nos anos quarenta
                    mulheres negras desgaste enorme carga sobre suas cabeças
                
                    O passado é sempre presente no nordeste do país
                    Passado é sempre presente, nordeste
                
Os homens dormem na cama d' um caminhão quebrado na rua
Um burro com um menino de pés descalços, chapéu de palha
                    O passado é sempre presente no nordeste do país
                    Passado é sempre presente, nordeste
                
Um paraiso, refúgio, pacifica e acalma sob as palmeiras balançando
As colinas vibrando sossegado até a noite escura o calor superou
                    Perca-se no presente
                    E obtém-se completamente perdido
                    Capturado no tempo
                
Os sem-teto no portal, igreja barroca, nenhum carro á vista
O povo na soleira da porta de seu quarto sem janela
                    O passado é sempre presente no nordeste do país
                    Passado é sempre presente, nordeste
                
                    A batida dos tambores soa
                    Durante o Maracatu
                    A Dança A Dança
                    A batida dos tambores soa
                    Curandeiros são chamados
                    Prá ajudar os escravos
                    Bumba-meu-boi, meu-boi
                    O nordeste tem mãe lemanjá
                    De outro lado o Senhor Bonfim era
                    Quero voltar
                    Para Lembrar
                    Eu não posso esperar
                    Em que dia, dia
                    Quero voltar
                    Para Lembrar
                    Voltar para o lugar
                    Do meu coração